O 41º Encontro de Profissionais e Acadêmicos de Contabilidade – Epac e Congresso Acadêmico “Inteligência Artificial – Realidades e Projeções”, promovidos pelo Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – Sindcont-SP e FMU – FIAM/FAAM Centro Universitário, chegaram ao seu quarto e penúltimo dia de debates, na última quinta-feira, 18 de maio, com uma proposta de orientar os estudantes com dicas e apontamentos sobre o Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade – CFC.
A atividade foi mediada pelos membros do Grupo de IFRS e Gestão Contábil da Casa do Saber Contábil, José Aparecido Diniz e Rodrigo Januário, e a participação do presidente e vice-presidente, Claudinei Tonon e José Roberto Soares dos Anjos, respectivamente, e da professora da FMU, Lourdes Utrilla.
Em suas palavras iniciais, Tonon lembrou do Prêmio Professor Hilário Franco de Contabilidade e na importância dos estudos e pesquisa cientifica, além da bolsa de estudos da Fecap, entregue anualmente a um associado da entidade, e do papel dos grupos em ofertar compartilhamento de conhecimento e estudos contínuo “uma premissa que seguimos diariamente em nossa entidade, nessa busca constante pela educação profissional dos associados e profissionais da contabilidade”.
Já a professora Lourdes Utrilla, comentou do apoio da FMU aos alunos, em especial, na qualificação deles, o que tem, de acordo com a docente, obtido resultados positivos e satisfatórios no exame de suficiência “esse espaço e suporte da nossa instituição de ensino, com ações efetivas e incentivos, têm gerado um ótimo desempenho, tanto na graduação como na pós-graduação”.
O conteúdo da noite foi conduzido pelo conselheiro do CRCSP, professor e Pró-Reitor de Pós-Graduação da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado – Fecap, Alexandre Sanches Garcia, que trouxe em sua apresentação um panorama do ensino superior e do curso de Ciências Contábeis e os resultados do Exame de Suficiência do CFC.
De acordo com o portal Guia do Estudante, existem hoje cerca de 280 opções de cursos superiores no Brasil, no entanto, apenas dez deles concentram 51% das matrículas da graduação “com destaque para o curso de Ciências Contábeis, que está distribuído nessa tabela, em quinto lugar, com 355,4 mil matrículas, o que demonstra um crescente nos últimos anos, com atenção que ele não vai acabar, como sempre ouvimos por aí, mas, vale ressaltar que sempre haverá transformações, novas formatos e ferramentas de ensino, até mesmo para otimizar os novos trabalhos e avanços dentro da área contábil”, contextualizou Sanches, ao pontuar que, “de todos esses dez cursos apontado pelo Guia, o de Ciências Contábeis é o único no país que possui a obrigatoriedade da educação continuada, além também, de exigir o exame de suficiência”, explicou.
Uma preocupação apontada pelo especialista, foi a respeito de uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE, com dados extraídos em 2020, na qual aponta o porcentual da população com educação superior, por faixa etária, em que coloca o Brasil em uma posição muito ruim, abaixo da média da OCDE, pricipalmente na faixa de 25 a 34 anos, os números chegam a cerca de 21%, em comparativo com países vizinhos “esse gráfico nos entristece, mas é um grande desafio, então, aproveito para deixar um recado aos alunos que nos acompanham que estudem, pois o Brasil precisa de todos vocês”.
Ao falar especificamente sobre o Exame de Suficiência, o conselheiro do CRCSP indicou apenas uma única dica e palavra “estudem, esse é o principal caminho”. Em sua dinâmica, Garcia falou ainda do Marco Legal do Exame de Suficiência e linha do tempo, por meio da Lei nº 12.249/2010, até as Resoluções CFC, em uma trilha que inicia com a conclusão como Bacharel em Ciências Contábeis, aprovação no Exame de Suficiência, Registro no Conselho Regional de Contabilidade e, por fim, o exercício legal da profissão. “Infelizmente, temos um resultado desastroso e preocupante. Ao longo dos últimos 12 anos, de 2011 a 2022, com base na média nacional, o índice de reprovação é de 67%, o que consideramos muito alto. Precisamos fazer algo com muita urgência para minimizar esse atual panorama”, ponderou ele, ao expor que no Estado de São Paulo, os índices são bem próximos também – cerca de 63%.
Confira o debate na íntegra e as dicas apresentadas pelos professores convidados e especialistas que participaram das discussões. Acesse o canal do Sindcont-SP no YouTube e assista!
O vice-diretor Administrativo da Casa do Saber Contábil, Josimar Santos Alves, também prestigiou o encontro.
A atividade de encerramento do 41º Epac e Congresso Acadêmico FMU, ocorre logo mais, às 19h, com uma palestra sobre “Ativos Biológicos”, que contará com a explanação do professor e diretor do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – Ibracon – 5ª Seção Regional, Nabil Mourad.
O evento conta com o patrocínio Bronze do Instituto Paulista de Contabilidade – IPC e apoio institucional do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo – CRCSP; Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo – Fecontesp; Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo – Sescon-SP; Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo – Aescon-SP, Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo – Apejesp; Auditoria Independente do Brasil – Ibracon – 5ª Seção Regional; Academia Paulista de Contabilidade – APC; e Associação Nacional de Executivos – Anefac.