O Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – Sindcont-SP e a FMU – FIAM/FAAM Centro Universitário realizam, de 15 a 19 de maio de 2023, a 41ª edição do Encontro de Profissionais e Acadêmicos de Contabilidade – Epac e o Congresso Acadêmico “Inteligência Artificial – Realidades e Projeções”, com atividades simultâneas e online.
A semana de estudos visa promover um debate científico com todas as áreas do conhecimento sobre as tecnologias de inteligência artificial (IA) e suas implicações no cotidiano, além de estudos sobre a contabilidade, normas e tendências, exame de suficiência, experiências profissionais, troca de conhecimento e últimas atualizações do segmento contábil e empreendedor.
Abertura
A abertura oficial do Epac e Congresso Acadêmico ocorreu em 15 de maio, de forma online, transmitida ao vivo no canal do Sindcont-SP no YouTube, com um debate sobre “Contabilidade Pública”, explanado pelo especialista e coordenador do Grupo do Terceiro Setor e Contabilidade Pública da Casa do Saber Contábil, Valmir Leôncio, que contou ainda com as participações do presidente Claudinei Tonon, do professor da FMU, Armando de Abreu, e dos vice-diretores Administrativo e de Educação Continuada, Josimar Santos Alves e Ana Maria Costa, respectivamente.
Em suas palavras de boas-vindas, Tonon lembrou da alegria de participar e promover mais uma edição do Epac e do início do projeto, em meados de 2010, quando pensaram em um modelo de promover a integração entre a entidade e instituições de ensino, “assim, surgiu esses encontros que, na época, eram apenas bate-papos com estudantes e, hoje, tomou toda essa dimensão, em apresentar para os estudantes as diferenças entre o que ele aprende na faculdade, com a realidade do mercado e prática das rotinas contábeis, apontando as oportunidades e dificuldades, com um único objetivo de ajudar na sua formação e carreira profissional”, explicou o líder setorial, ao frisar que o Sindcont-SP é um ponto de apoio que colabora em todo esse processo.
Já o professor Abreu, agradeceu a parceria e falou da oportunidade em promover mais um congresso com toda essa proporção “essa troca de experiência e apoio do Sindcont-SP é de fundamental importância na formação dos estudantes de Ciências Contábeis. A nossa semana já é um sucesso e com recorde de inscritos” conclamou o docente.
Na mesma linha, pontuou Alves “Teremos muita troca de informações durante essa semana”. “Contem sempre com essa Casa que prima pela educação continuada”, complementou Ana Maria.
Contabilidade Pública
Para abordar o tema de abertura dos eventos, o contador, advogado e conselheiro do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Valmir Leôncio, abordou a temática da contabilidade aplicada ao setor público.
O especialista expôs sua vasta experiência na administração pública e focou em sua apresentação com os alunos e profissionais que acompanhavam o debate, na atual convergência da contabilidade pública as normas internacionais, além de uma contextualização dos avanços no Brasil.
“Temos dois tipos de contabilidade: a privada e a pública. A primeira, desde sempre existiu, com Luca Bartolomeo de Pacioli, conhecido como o pai da contabilidade, quando em 1494, criou as partidas dobradas. Já no Brasil, em torno de 1806, com Dom João VI, fazendo as demonstrações contábeis, então, a contabilidade pública não tinha atualizações importantes desde 1964 e, com isso, estávamos atrasados em relação aos países internacionais que seguiam um padrão mais avançado. Dessa forma, as organizações cobravam da gente uma aplicação mais sinérgica, que só ocorreu a partir de 2005, quando iniciamos a implantação das convergências internacionais, com isso, avançamos um pouco, mas não tanto, em relação a contabilidade privada”, explicou Leôncio, em sua introdução inicial.
Ao longo da sua apresentação, o palestrante foi explicando os avanços nos últimos anos com a Constituição Federal, a resolução do CFC a respeito das Normas Brasileiras de Contabilidade e Normas Técnicas do Setor Público, o manual de Contabilidade Aplicado ao Setor Público, entre outras ponderações.
Após descrever toda conjuntura, Leôncio perguntou qual era realmente o papel da contabilidade pública? Em sua resposta, de acordo com ele “é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados, com relação aos aspectos de natureza orçamentaria, econômica, financeira e física do patrimônio público e suas mutações em apoio a tomada de decisão, adequada prestação de contas e o necessário suporte para instrumentalização do controle social”.
Em outra base, foi discorrido ainda sobre a estrutura e composição da administração pública e sua pirâmide, uma visão geral do processo de convergência, exemplos e especificações da contabilidade privada no mundo, itens que passaram a constar dos balanços públicos e as normas brasileiras aplicadas ao setor público, que está em aprovação e, por fim, os objetivos das normas internacionais que tem por finalidade, de acordo com os especialistas, construir na áreas pública um conjunto de normas em bases científicas, diferenciando a Ciência Contábil da legislação vigente, com vistas a sua apresentação aos profissionais de contabilidade atuantes no setor público e aos diversos extratos de usuários.
Em resumo, segundo os debatedores, a nova contabilidade tem por objetivo “dar meios ao controle social, cumprir integralmente a legislação vigente, apoiar a tomada de decisão da administração e ao processo de tomada e prestação de contas e compor os instrumentos de transparência da gestão fiscal”, complementou Josimar Santos.
Diante de todos esses aspectos e mudanças – o que ganhamos com a implementação da convergência? Leôncio argumentou: “uma maior transparência, aumento da comparabilidade, informações com mais qualidade e um mundo de planos”, finalizou.
Ao final da explanação, foi aberto para perguntas e discussões entre os convidados e participantes e as dúvidas dos estudantes.
O 41º Epac e Congresso Acadêmico FMU, continuam nessa terça-feira (16) com uma palestra sobre “Contabilidade das Pequenas e Médias Empresas”. Perdeu o debate? Acesse o canal do Sindcont-SP e acompanhe na integra.
O evento conta com o patrocínio Bronze do Instituto Paulista de Contabilidade – IPC e apoio institucional do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo – CRCSP; Federação dos Contabilistas do Estado de São Paulo – Fecontesp; Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo – Sescon-SP; Associação das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo – Aescon-SP, Associação dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo – Apejesp; Auditoria Independente do Brasil – Ibracon – 5ª Seção Regional; Academia Paulista de Contabilidade – APC; e Associação Nacional de Executivos – Anefac.