A Reforma Tributária, já em andamento no Brasil, traz mudanças estruturais profundas, como a simplificação de impostos e a transição para novos regimes tributários, a exemplo da criação do IVA dual (CBS e IBS). Estas alterações exigem que as empresas reavaliem suas estratégias fiscais e operacionais para se manterem em conformidade e competitivas no mercado. Segundo estudo do Banco Mundial, o Brasil ocupa atualmente uma das últimas posições no ranking de facilidade para pagar impostos, gastando mais de 1.500 horas anuais com obrigações tributárias – um número que poderá ser reduzido significativamente com a Reforma.
Para agilizar este processo, ferramentas tecnológicas serão indispensáveis para garantir conformidade e eficiência. Soluções como o Big Data e mecanismos automatizados de cálculo se destacam por oferecer agilidade, precisão e insights estratégicos. Segundo Thais Borges, diretora comercial e de marketing da Systax, com a aplicação de inovações tecnológicas, é possível reduzir drasticamente essa carga, direcionando esforços para atividades mais estratégicas. “A automação de processos, por meio de softwares e sistemas inteligentes, permite agilizar o preenchimento desses documentos, além de minimizar erros e liberar os profissionais para atividades de maior valor agregado”, explica a executiva.
Outro fator importante está na própria acuracidade dos cálculos, que é potencializada pelas ferramentas tecnológicas. Ou seja, ao automatizar processos e utilizar algoritmos avançados, é possível reduzir o risco de erros humanos e garantir que os tributos sejam calculados de forma correta. A precisão é essencial para a competitividade das empresas, pois permite identificar oportunidades de redução de custos e otimização da carga tributária.
O momento atual é essencial para discutirmos não apenas a automação de processos, mas o cenário da Reforma como um todo. Há pouco mais de um ano do 1º ano do período de transição, as empresas já devem começar a se preparar para a Reforma e implementar as adaptações necessárias para se adequar à nova legislação, como por exemplo, atualização de sistemas e inclusão de novas tecnologias que colaborem para processos fiscais.