A dúvida relativa à transição de modelos de trabalho tradicionais para o empreendedorismo é válido. Entretanto, uma forma pertinente de justificar a relutância é a falta de medição de riscos e o desconhecimento sobre negócios que não demandam altos investimentos.
O negócio, co-fundado por Ana Paula Moraes, conta com mais de 100 franquias ao redor do país, majoritariamente em condomínios e prédios comerciais. Segundo ela, o medo de empreender, ainda que interiorizado, vai muito além desta perspectiva pessoal.
“Por mais que as pessoas pensem que empreender demanda ideias grandiosas e inovadoras, o que não é real, o nosso país também sofre com muitas instabilidades políticas e econômicas, dando força a este senso comum”.
Porém, começar a agir é a única forma de derrotar o preconceito e para Ana Paula o primeiro passo rumo ao mercado de investimentos tem a ver com medir as possibilidades: “A pessoa que deseja empreender precisa, em primeiro lugar, fazer uma análise de riscos. Esse raciocínio ajuda a entender até que ponto suas vidas e finanças podem ser impactadas”, disse.
Mesmo que possamos explicar estes pensamentos, superá-los ainda é um desafio. Isso porque, especialmente no Brasil, a priorização do regime CLT é imposta desde as primeiras experiências trabalhistas. Por isso, Ana é defensora do ensino empreendedor ainda nas escolas. Ela acredita que “os jovens precisam se aproximar da ideia de que empreender não é um bicho de sete cabeças”.