Ministro da Fazenda participou do programa Roda Viva na noite desta segunda-feira (22), onde também comentou sobre a revisão da desoneração da folha
O programa Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo, recebeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na noite desta segunda-feira (22).
No programa, Haddad respondeu sobre a Reforma do Imposto de Renda (IR) e quando acontecerá o aumento da faixa de isenção do IR para quem ganha até R$5 mil.
“Nós vamos fazer uma nova revisão em 2024 por conta do aumento do salário mínimo. O presidente Lula já pediu uma análise para acertarmos a faixa da isenção. Neste primeiro semestre, temos que encaminhar as leis complementares que regulam a Emenda Constitucional da Reforma Tributária”, explica.
Ao falar de sua posição a favor da oneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, o ministro afirma que privilégios concedidos como a desoneração não “renderam aquilo que prometiam”.
“De cada dez economistas, pelo menos nove concordam que esses jabutis, esses privilégios, precisam ser revistos, até porque a maioria não rendeu aquilo que prometia quando foi inaugurada. Mas nós compreendemos, em todos os casos, que eles não deveriam acabar de uma vez por todas de uma hora para outra. Era preciso fazer com que os setores se adaptassem à nova realidade tributária do país, que a reforma tributária inaugura com muita felicidade”, comenta.
O ministro da Fazenda ainda revela que conversou com líderes partidários e ouviu que nenhum deles concorda em eternizar os privilégios na Constituição.
“Alguém vai pagar por esses 17 setores. Você tem que financiar a previdência. Ela tem que ter equilíbrio. Se você está abdicando de uma receita de 17 setores, você vai ter que onerar outros setores para fechar a conta”, opina.
Haddad afirma que propôs discutir, nos termos da reforma tributária, uma diluição do tempo e a definição de uma data para o fim gradual da desoneração.
Em dezembro do ano passado, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD – MG), promulgou a lei que renova a desoneração da folha de pagamento. O presidente Lula (PT) chegou a vetar o projeto, mas o veto foi derrubado pelo Congresso.
Com informações da TV Cultura