Nesta terça-feira (dia 23), representantes dos servidores federais terão uma reunião no Ministério da Economia, às 10h, para discutir a possibilidade de inclusão de reajuste salarial para o funcionalismo da União na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023 — que é o Orçamento para o ano que vem. Recentemente, o presidente Jair Bolsonaro disse que incluiria o aumento na proposta, mas não citou nenhum percentual possível.
Vale destacar que a proposta precisa ser enviada pelo Executivo ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto, ou seja, em menos de dez dias. No último dia do mês, haverá um ato em defesa do serviço público e dos servidores no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados.
“Judiciário e Legislativo já vêm se movimentando e sinalizam reposição salarial a ministros, parlamentares e servidores das Casas que podem variar de 9,6% a 18%. No caso do Executivo, as propostas para servidores são prerrogativa exclusiva desse Poder que tem como autoridade máxima o presidente da República, Jair Bolsonaro”, explica a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
A questão é que, no primeiro semestre deste ano, a equipe econômica considerou a possibilidade de conceder um reajuste linear de 5%, ainda em 2022, para todos os servidores federais. Mas a proposta gerou descontentamento geral e não saiu do papel. Sequer vingou a ideia de corrigir o vale-alimentação, o que deixaria inativos e pensionistas de fora.
No primeiro semestre deste ano, os servidores reivindicavam 19,99% para cerca de 1,2 milhão de ativos e inativos, além de reestruturação de carreira. O principal argumento agora é que a defasagem salarial acumulada ao longo dos anos pode superar 32% até dezembro.
Fonte: Extra Globo