No “radar” da maioria dos consumidores, a black friday é um dos eventos mais importantes para o varejo e o comércio eletrônico brasileiro. Prova disso é que no ano passado, mesmo com a pandemia da Covid-19 em alta, as vendas da data passaram dos 5 bilhões, valor 31% maior do que o mesmo período do ano passado, conforme levantamento da Neotrust/Compre&Confie. Ao todo, foram mais de 7,6 milhões de compras on-line na data, 24,7% maior do que o registrado na promoção de 2019. Em ano de pandemia (de Covid-19), as compras remotas se tornam mais cômodas e seguras.
O efeito deve ser repetido agora, em 26 de novembro de 2021, mas, para os profissionais da Contabilidade, o sucesso das negociações começa muito antes.
Para o Gabriel Lima, CEO da Enext – a Wunderman Thompson Company – empresa focada em soluções para negócios digitais, para manter o nível de crescimento do ano passado é necessário que as empresas, e os profissionais contábeis, tracem e adotem um plano de comunicação de vendas com o público-alvo a ser atingido. No e-commerce, a jornada digital de compra dos consumidores tem um grande aumento de demanda, bem como a aceleração na conversão. “Para isso, o primeiro passo é traçar e adotar um plano de comunicação de vendas com o público-alvo e dividi-lo em três canais: mídia online (para atrair novos consumidores), mídias em marketplaces (para se aproveitar do crescimento expressivo dessa vertical) e CRM (para fomentar as vendas entre seus melhores consumidores)”, explica o especialista.
Tendo convicção que Contabilidade não é luxo, e sim uma necessidade, em datas de comércio aquecido é importante que o profissional contábil ofereça as informações mais adequadas para que o empreendedor tenha controle sobre o próprio trabalho. Então, o Sindicato dos Contabilistas de São Paulo – Sindcont-SP mostra quais são os principais detalhes que somente o contador, aliado ao empresário, pode fornecer para aumentar o rendimento da empresa.
Oportunidade de novos clientes: a black friday pode fazer um negócio crescer, além de ser uma oportunidade de conquistar novos clientes.
Planejamento: checar como o empresário pode alterar o preço dos produtos e serviços, ofertando descontos e promoções, para que, mesmo com a queda de valor, isso gere lucro.
Estoque: para saber se a empresa tem como arcar com a rotina de vendas, é fundamental verificar o estoque, o que ajudará na geração de notas fiscais, e a garantia que os lucros devem ser contabilizados e organizados.
Notas fiscais: com o aumento das vendas, é necessário ter atenção na emissão de notas fiscais eletrônicas, bem como seu correto armazenamento.
Fluxo de caixa: ações básicas, como o planejamento de toda a ação evitam o pagamento de impostos indevidos, bem como erros e equívocos na execução do plano de vendas.
Fabricio Andre Canale , especialista tributário na Synchro, salienta que à medida que se ampliam as oportunidades de venda no território digital, aumentam também o volume de obrigações que as empresas precisam entregar ao Fisco, como no caso das lojas que começaram a realizar vendas interestaduais por causa das transações fechadas no e-commerce e, por conta dessa nova realidade, precisam recalcular a rota do planejamento tributário para não incorrer em risco de inconformidade. “É preciso lembrar sempre que, embora nossa legislação seja uma das mais complexas do mundo, o nosso fisco é exemplo de digitalização, com informes realizados em tempo real por meio do Sistema Público de Escrituração Digital-Sped, motivo pelo qual a agilidade nesse tipo de ajuste é fundamental para não sofrer penalidades que prejudiquem os negócios”.
Fonte: Mensário do Contabilista